ABERTURA PARA O CAPITAL INTERNACIONAL NA DÉCADA DE 90 NO BRASIL
O neoliberalismo tem como principais características a mínima cobrança de impostos e a privatização dos serviços públicos com a diminuição drástica da participação estatal na economia. O primeiro programa de governo nitidamente neoliberal que temos no Brasil foi implantado no governo de Fernando Collor de Melo. Este foi o responsável pela abertura de mercado (retirar impostos e entraves para o capital estrangeiro) e dar início à uma agenda de privatizações das empresas públicas. Os investimentos estrangeiros aumentaram muito e ocorreu uma enxurrada de produtos importados no nosso mercado. Muitas empresas nacionais foram prejudicadas o que aumentou o desemprego e consequentemente a violência urbana. Por outro lado, levou o mas empresariado nacional a se adaptar à concorrência estrangeira forçando sua modernização e aumentando a competitividade.
As políticas neoliberais foram aprofundadas durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seu governo as políticas neoliberais foram seguidas: aumentou a idade para a aposentadoria (diminui os gastos públicos), criou o banco de horas (os funcionários recebem suas horas extras através de folga, o que diminui o custo do trabalho para o empresário), concedia vantagens fiscais (impostos) e de juros às grandes empresas e instituições financeiras, mas sem dúvida o elemento que mais marcou seu governo foi a realização das privatizações das empresas estatais (pertencentes ao Estado). Foram privatizadas as telecomunicações, estradas (instalação de pedágios), ferrovias, bancos estaduais e minérios (privatização da CVRD – Cia Vale do Rio Doce) e retirou o monopólio da Petrobrás das atividades ligadas à extração e refino. Vale lembrar que o processo de privatizações gerou bastantes polêmicas e geram até hoje. Atualmente a opinião pública se divide nos debates sobre a privatização de empresas como o Banco do Brasil, os Correios, os presídios nacionais, e a mais polêmica gira em torno da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), sistema gratuito de referência mundial, mas que demanda uma fatia considerável do orçamento da união.
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