A GRANDE DEPRESSÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX
Foi assim chamada, por ter sido um período de grande recessão. O Brasil ainda colhia os frutos
negativos da política econômica do “milagre”. Houve uma reversão no trajeto de crescimento
seguido pela economia brasileira que mergulha na mais grave crise de sua história. O país passou
por uma inflação que chegava a 900% ao ano e taxas de desemprego acima dos 15%. O PIB per
capita, que de 1970 a 1980 vinha se expandindo à taxa média de 6,1% ao ano, decaiu 13% nos
próximos 3 anos. O crescimento na década foi muito baixo e apresentou vários momentos de
recessão. Não apenas se formaram e se firmaram inúmeras entidades e partidos populares, fruto
das maiores mobilizações sociais de toda a história brasileira, como se abriu uma nova fase histórica
para o país, através do fim da ditadura.
Após o Estado Novo, foi promulgada durante o governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, a
constituição de 1946 que buscava a redemocratização do Estado brasileiro. Restabeleceu os direitos
individuais, extinguindo a censura e a pena de morte. Esta constituição vigorou por 21 anos. A
constituição de 1967, promulgada no governo de Castelo Branco, traz de volta o totalitarismo,
oficializando e institucionalizando a ditadura do Regime Militar de 1964. A Constituição ainda
autorizava a expedição de decretos-lei, a nomeação de senadores pelas Assembleias Legislativas, a
prorrogação do mandato presidencial para seis anos e a alteração da proporcionalidade de
deputados no Congresso, tudo isso com respaldo do Ato Institucional nº 5 (AI-5). A constituição de
1967 também vigorou por 21 anos, quando em 1988 foi promulgada a atual constituição em vigor
no Brasil, chamada de “constituição cidadã”. Os direitos individuais e as liberdades públicas são
ampliados e fortalecidos. É garantida a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade. Foram lançadas novas moedas (cruzeiro e cruzado), na tentativa de
estabilizar a economia nos anos 80 e domar a inflação e a escalada dos preços, mas a estabilização
da economia só veio a partir do plano real em 92, criado por FHC.
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