MEDIDAS AMBIENTAIS NOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO A PARTIR DA DÉCADA DE 60

 


No final dos anos 60, os setores do Governo do Estado de São Paulo, voltados ao planejamento, lançaram movimentos para desviar o crescimento industrial da Região Metropolitana para Campinas e imediações.

Na mesma época os setores do Governo ligados aos Recursos Hídricos, iniciaram a construção do Sistema Cantareira, 3 reservatórios nas nascentes dos formadores dos Rios Piracicaba e um na bacia do Alto Tietê, ou seja, foi providenciado, a reversão de 31 m3/s para grande São Paulo, justamente da fonte de sustentação de água de Campinas e região.

Para minimizarmos tal problema foi constituído a partir de 1984 o Grupo denominado operação estiagem, com a participação de técnicos dos Organismos do Governo do Estado, com a finalidade de monitorar o sistema e estabelecer as vazões necessárias para garantia do suprimento de água, balanço hídrico, entre São Paulo e Campinas.

Atualmente tal grupo pertence ao Comitê PCJ e tem sido um grande laboratório de Gestão dos Recursos Hídricos, cabendo realçar os acontecimentos:

- Em 1992 foi negociado o ingresso ao Grupo do Consórcio Piracicaba-Capivari e dos municípios que captam água na bacia do Piracicaba, diretamente ou por reversão.

- Foi discutido, eleito e padronizado o “Oxigênio Dissolvido” como parâmetro de referência qualitativa para decisões de manejo do Grupo. O lema é evitar sofrimentos garantindo reserva reguladora.

Fonte: noticiasr7.com

O diálogo entre a SABESP, operadora do Sistema Cantareira e os municípios de jusante, passou a ser direto, polêmico em muitas questões, porém bastante proveitoso.

- Para evitar contaminação do Rio Atibaia, um dos formadores do Piracicaba, devido ao lançamento de carga altamente poluente, houve a necessidade da liberação de 15 m3/s das comportas dos Reservatórios do Rio Cachoeira, um dos integrantes do Sistema Cantareira, no dia seguinte os jornais da região publicaram “Falta de Água na Bacia inunda Piracaia”.

Devido a diminuição da vazão natural pela construção do reservatório, houve a ocupação irregular das margens do rio Cachoeira e qualquer vazão acima de 5 m3/s provoca inundações.

O Grupo de Monitoramento nomeou uma comissão para administrar o conflito criado e entre outras soluções, está sendo elaborado um projeto executivo de drenagem para equacionar tais inundações.

- Quando o Sistema Cantareira foi construído, ocorreu uma grande revolta por parte dos municípios de jusante. Através do Grupo de Monitoramento, liderados pelo Consórcio Piracicaba-Capivari, houve um encontro em 1999, entre os Prefeitos da região de Campinas com a Diretoria da SABESP, em um dos reservatórios do Sistema. O processo de conciliação e de procura por soluções conjuntas foi incrementado.

- Por um trabalho de aproximação dentro do Grupo, a SABESP aderiu ao Consórcio, sendo uma das empresas associadas.

- Situações envolvendo algas e outros afins, foram também equacionadas no âmbito do Grupo de Monitoramento

REDES SOCIAS 




FONTES CONSULTADAS: 

CAMPOS, H., LAHÓZ F.C.C. Visita ao Sistema Cantareira - Histórico e Roteiro - Consórcio Piracicaba Capivari, 1999. 

CONSÓRCIO PIRACICABA-CAPIVARI, Publicações e Documentos Internos, 1989 à 1999.

Obs: Material Produzido Pelo grupo FAVENI  e Alterado pelo Professor J.NADSON 


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