IMPACTO DA DESERTIFICAÇÃO NAS FAMÍLIAS POBRES

 


O Semiárido brasileiro, desde a colonização sofre com as secas e, consequentemente, com seus efeitos adversos, e que antes eram traduzidos em fome, pobreza, analfabetismo e migração, depara-se e se conscientiza com a realidade da degradação ambiental, potencializada pelas atividades antrópicas desenvolvidas na região, que tendem a culminar com a desertificação. 

O extrativismo vegetal e mineral, assim como o superpastoreio das pastagens nativas ou cultivadas e o uso agrícola por culturas, que expõem os solos aos agentes da erosão são as principais causas de origem antrópica relacionadas à desertificação. 

Em consequência à exaustão dos solos, há a redução da sua capacidade produtiva, estagnando-se a atividade econômica, que se baseia principalmente na agropecuária, e, que repercute nos índices de desenvolvimento da região. Como resposta, aumenta-se a pressão antrópica nos ecossistemas, dinamizando o processo de desertificação.  

No Brasil, as áreas suscetíveis à desertificação estão concentradas principalmente na Região Nordeste, justamente no Semiárido, que se caracteriza por aspectos geoambientais propícios ao fenômeno da desertificação: precipitação média baixa e irregular, solos cristalinos e ecossistemas fragilizados pelas atividades econômicas desenvolvidas ao longo dos séculos, caracterizadas pelo uso de práticas agropecuárias inadequadas, como queimadas e desmatamentos, que acabam atenuando as fragilidades naturais e agravando o processo de degradação dos solos. Além disso, trata-se, dentre as regiões semiáridas do mundo, a de maior densidade demográfica, o que acentua a pressão humana sobre o meio ambiente. 

A percepção no Brasil, que grandes áreas do Semiárido já se encontram em avançado processo de desertificação, tornou-se mais evidente a partir da Conferência Rio 1992. Em 1994, foi estabelecida pela ONU, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), a qual o Brasil é signatário. O objetivo da Convenção é amenizar a pobreza nas terras áridas, manter e restaurar a produtividade e mitigar os efeitos da seca. O Brasil aprovou em 2004, o seu programa de ação de combate à desertificação. 

Estudando a economia em áreas subdesenvolvidas verificou que as mesmas sobrevivem numa condição definida como Equilíbrio de Baixo Nível, onde não é possível aumentar a renda da região, em função de aspectos culturais, econômicos e tecnológicos, ficando a mesma restrita à condição de subsistência da população. Tais características podem ser observadas no Semiárido nordestino, assim como em outras regiões secas do mundo. A tendência do baixo equilíbrio é de comprometer mais ainda a qualidade ambiental da região, culminando com a desertificação. 

Observa-se ainda, que mesmo com os programas de transferência de renda no Brasil, como o Programa Bolsa Família, aposentadorias e aumento do funcionalismo nos municípios do Semiárido, não há mudança significativa, uma vez que o aumento da renda per capita é inexpressivo, sendo utilizado na subsistência das populações. Dessa forma, não há saldo de recursos para investir na recuperação da qualidade ambiental, que seria necessária para reverter o Quadro atual de degradação, que se reflete diretamente na diminuição dos atuais baixos níveis de produtividade, quando comparados a outras regiões, e, consequentemente, eleva-se o déficit econômico, refletindo-se nos indicadores sociais da região. 

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